A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apresentou nesta semana o segundo levantamento da safra canavieira 2016/2017, que estima produção para o Brasil de 684,77 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Os números representam um crescimento de 2,9% em relação à safra anterior.
O aumento da moagem e os bons preços do mercado deverão, segundo a Conab, puxar pra cima a produção de açúcar, que deverá atingir 39,96 milhões de toneladas, 19,3% superior à safra 2015/16. Já a produção de etanol deve se manter acima de 27,8 bilhões de litros, redução de apenas 8,5%, em função da preferência pela produção de açúcar.
A produção de etanol anidro, utilizada na mistura com a gasolina, deverá ter aumento de 2,5%, alcançando 11,49 bilhões de litros. Para a produção de etanol hidratado, o total poderá atingir 16,38 bilhões de litros, redução de 14,9% ou 2,87 bilhões de litros, resultado do menor consumo deste combustível.
A área colhida com cana-de-açúcar no país nesta safra deverá ser 8,97 milhões de hectares, que representa um aumento de 3,7% comparando com o ciclo anterior. O incremento de mais 318,4 mil hectares é resultado da cana bisada da safra 2015/16, do aumento de área própria de algumas unidades de produção e da reativação de uma unidade em São Paulo. Se confirmada, será a segunda maior área colhida no Brasil.
Na região Sudeste como um todo a área colhida deverá aumentar, uma vez que as chuvas atrasaram a colheita da safra anterior e aumentou a quantidade de cana colhida na safra seguinte, refletindo em um aumento de 3,4% na produção total. As produtividades também foram excelentes na safra anterior e as expectativas são boas para esta safra.
Já a região Nordeste deverá aumentar a área colhida nesta safra, mas é a segunda menor área da série histórica. As unidades de produção têm concentrado a colheita nas lavouras próprias, em detrimento aos dos fornecedores. O aumento de produtividade nesta safra é uma recuperação em relação às secas ocorridas na safra passada.
Fonte: CanaOnline