Segundo publicado pelo jornal Valor Econômico, a contratação foi um primeiro passo de adequação às novas regras de governança da Odebrecht – um projeto que ainda está no aguardo da homologação junto ao Ministério Público Federal (MPF). A meta de transparência, estabelecida no fim do ano passado, foi ter 20% ou no mínimo dois conselheiros independentes em cada uma das empresas do grupo.
O escolhido para a posição, Figliolino, é um nome conhecido no setor, tendo atuado no Itaú BBA por 23 anos como diretor de agronegócios, acompanhando de perto o desenvolvimento financeiro das empresas sucroalcooleiras. Sua nomeação acontece pouco tempo após rumores sobre uma possível venda de suas usinas, posteriormente negada pela Odebrecht.
Em entrevista ao Valor, Figliolino disse que ainda não sabe de possíveis intenções a esse respeito, mas avaliou que “tudo o que vier somar e ajudar a abreviar essa longa trajetória de ‘turnaround’ da empresa é bem visto”.
“Se surgir a oportunidade de algum tipo de transação, que crie um atalho para que a empresa passe a performar maravilhosamente bem, ele tem que ser olhado e analisado”, Alexandre Figliolino
O consultor também comentou estratégias antigas da Odebrecht. Inicialmente, a companhia deu preferência para áreas de fronteira do setor, sem infraestrutura adequada. Consequentemente, a empresa desenvolveu uma dívida que, no ano passado, alcançou a marca de R$ 1,1 bilhão e precisou ser reestruturada.
Fonte: https://www.novacana.com/n/industria/usinas/odebrecht-agro-conselheiro-alexandre-figliolino-itau-bba-020217/