Em dezembro, os EUA exportaram 372 milhões de litros de biocombustível, 20% a menos do que no mesmo mês de 2015. Porém, no ano, as exportações totais do país alcançaram 3,9 bilhões de litros, crescimento de 27%, segundo dados do Departamento de Comércio americano compilados pela Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês).
A receita com as exportações do ano passado foram de US$ 2,02 bilhões, elevação de 13% ante 2015 e o terceiro maior faturamento da história.
O Brasil tornou-se o principal destino das exportações americanas do produto, seguido do Canadá e da China. Os navios que saíram da costa americana rumo aos portos brasileiros representaram 26% dos embarques dos EUA, enquanto o Canadá representou 25%, e a China, 17%. Apenas em dezembro, o Brasil importou 161,5 milhões de litros, o que representou 43% de todo o volume embarcado pelos EUA.
A disparada da demanda brasileira alterou o tabuleiro global de exportações americanas de etanol. Os embarques para a América do Sul cresceram 118%, e os do leste asiático, 69%. Já as exportações para o sudeste asiático, o Oriente Médio e o norte da África recuaram. A União Europeia, por sua vez, importou apenas 38 milhões de litros do biocombustível americano, após importar 661 milhões de litros no ano anterior.
“Apenas alguns anos atrás, os EUA era um importador líquido de etanol brasileiro, mas conforme os produtores dos EUA se tornaram mais eficientes e os preços internacionais do açúcar subiram, o Brasil é agora o maior recebedor de nosso produto doméstico”, afirmou Bob Dinneen, presidente e CEO da associação setorial americana.
Isso não significa que não houve vendas de etanol brasileiro aos EUA no ano passado. Esse comércio costuma ocorrer na época de pico de safra de cana no Brasil e de entressafra de milho nos EUA. No ano passado, o volume exportado de etanol para os EUA caiu 63%, para 120 milhões de litros. Ainda assim, o país continuou sendo o principal fornecedor do biocombustível aos americanos.
No caso da China, as exportações tiveram um comportamento bastante volátil ao longo do ano, tanto que houve meses em que não houve registro de nenhum comércio do produto entre os dois países em 2016.
Fonte: https://www.portosenavios.com.br/noticias/geral/37464-embarques-de-etanol-dos-eua-alcancam-segundo-maior-volume-da-historia