Nunca o Brasil extraiu tanto energia da cana quanto em 2015. O governo federal soltou no final da semana passada os dados consolidados da matriz energética brasileira em 2015. Para o mercado sucroenergético, uma série de novos dados atualizam a importância da cana-de-açúcar e seus derivados para o Brasil.
Entre os números do relatório está que, em 2015, a cana-de-açúcar correspondeu a 16,9% de toda a oferta nacional de energia – um crescimento de 1,2 pontos percentuais sobre os 15,7% registrados em 2014. O recorde foi alcançado em conteúdo energético, não em percentual (veja detalhes nos gráficos a seguir).
Esta atualização evidencia que as metas brasileiras estebelecidas na COP 21 não possuem, percentualmente, ambição alguma. O que o Brasil espera alcançar em 2030, 16%, é inferior o que foi efetivamente gerado no ano passado, 16,9%. Ou seja, para cumprirmos exatamente as metas da COP 21 para a cana-de-açúcar, será preciso que esta matéria-prima perca espaço frente as demais fontes de energia.