O Brasil teve exportações recordes de açúcar no ano passado. Neste ano, o cenário deverá ser ainda melhor para o país.
As vendas externas de 2016 somaram 28,9 milhões de toneladas, 20% mais do que em igual período anterior. Em 2013, o país havia exportado 27,2 milhões de toneladas.
Para este ano, o volume a ser comercializado externamente deverá ficar próximo do de 2016, mas as receitas vão fazer a diferença.
O volume exportado do ano passado rendeu US$ 10,4 bilhões, 36% mais do que em igual período anterior. Neste ano, as receitas serão maiores, uma vez que as negociações estão sendo feitas em patamares maiores.
Os preços do açúcar tiveram intensa elevação no mercado de Nova York no ano passado, mas as usinas já tinham vendido boa parte da safra. Em média, as negociações ocorreram de 14 a 15 centavos de dólar por libra-peso.
Neste ano, as negociações serão feitas em patamares melhores. Com isso, a expectativa é de mais receitas com as exportações.
O cenário será bom para o Brasil enquanto durar o desequilíbrio entre oferta e demanda mundiais.
O Brasil colocou açúcar em 117 países no ano passado, mas apenas cinco deles ficaram com 36% do produto brasileiro.
A China cedeu a liderança nas compras para a Índia, que importou 2,44 milhões de toneladas de açúcar do Brasil. Já as compras chinesas ficaram em 2,40 milhões de toneladas.
Os outros três países que compõem a lista dos cinco maiores são Argélia (2,1 milhões), Bangladesh (1,9 milhão) e Emirados Árabes Unidos (1,7 milhão).
Etanol
As exportações de álcool recuaram para 1,8 bilhão de litros no ano passado, 4% menos do que em 2015. Esse volume está distante dos 3 bilhões de litros de 2012.
As receitas com as exportações de 2016 subiram para US$ 896 milhões, 2% mais.
Líder nas compras
Os Estados Unidos permanecem como principal comprador do etanol brasileiro. Em 2015, o Brasil exportou 915,4 milhões de litros aos EUA, o equivalente a 49,2% do volume exportado naquele ano. Em 2016, foram 786,7 milhões de litros, 43,9% das exportações brasileiras do produto.
Peso dos agrícolas
Os produtos agropecuários caíram 1,16% no mês passado no atacado, conforme o Índice Geral de Preços (IGP-DI), da FGV. Com isso, o acumulado em 12 meses ficou em 9,91%.
Influências
As maiores pressões dos agrícolas no mês passado vieram de cana-de-açúcar e ovos. Já os maiores alívios na taxa de inflação no atacado vieram de milho, leite, batata, café e farelo de soja.
Fonte: https://www.novacana.com/n/acucar/mercado/recorde-exportacoes-2016-acucar-brilhar-2017-090117/